Dolmen da Leira Longa

Dolmen da Leira Longa

Situado nas proximidades do lugar de Condominhas, freguesia de Lamoso, a sua construção data do III milénio A.C. permanecendo como o único  no concelho cientificamente divulgado desde os finais do século XIX até a primeira metade dos anos sessenta. E se a construção de tão importantes monumentos funerários dos nossos primeiros agricultores não supõe necessariamente um ordenamento social fortemente hierarquizado, implica, pelo menos, a utilização de formas de cooperação organizada para o cumprimento de tarefas que, no mínimo simbolicamente, assumiam um sentido colectivo.
Trata-se de um dólmen possuidor de mamoa e com câmara poligonal composta por nove esteios, imbricados, com um comprimento de 2.30m. por 2.80m. de largura e ainda com tampa de cobertura, e um corredor com cerca de 3m. de comprimento e composto por oito esteios, quatro de cada lado, com uma tampa ainda in situ sobre os esteios.
Classificado como Imóvel de interesse público pelo Dec. Nº47508, de 24.01.1967.

ACESSO e LOCALIZAÇÃO:
Freguesia de Lamoso, Lugar de Condominhas com acesso por um caminho que sai da estrada entre Vila Cova e Lamoso.

ENQUADRAMENTO:
Rural, isolado, um campo aplanado, entre as Ribeiras de Eiriz e da Carvalhosa, recentemente demarcada da vegetação rasteira que a rodeia. Trata se dum Monumento Funerário Megalítico e pré histórico. Próximo a uma pedreira.

CRONOLOGIA:
Pré história e provavelmente datável do 111 milénio a. C.. O Dólmen de Lamoso teve uma primeira escavação em 1896 orientada por Oliveira Guimarães e outra em 1963, sob a orientação arqueológica do Dr. António Augusto Tavares. Durante as escavações efectuadas encontraram nas proximidades da pedreira, um machado polido, uma lâmina de sílex partida, uma enxó, dois percutores e restos de mós manuais e de cerâmica. só a enxó pode ser visitado no Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, pois o restante espólio foi entregue ao Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia.

DESCRIÇÃO:
Trata se duma grande "mamoa", com 25 metros de diâmetro e uma altura de 3 metros, com câmara poligonal, construída por 9 esteios que sustentam a enorme laje de cobertura, em parte fracturada. Na parte superior da laje de cabeceira há uma gravura em formato triangular. O corredor é curto (+ ou   3 metros) e compõe se de esteios (8), quatro de cada lado, os quais suportam uma outra laje de cobertura.

BIBLIOGRAFIA:
GUIMARÃES, Oliveira de, "Explorações Arqueológicas em Paços de Ferreira", Arqueólogo Português (1896);
TAVARES, António Augusto, "Lucerna" n° 5, Porto (1966);
JORGE, Victor Oliveira, "Megalitismo do Norte de Portugal e do distrito do Porto" (faculdade de Letras do Porto, tese de doutoramento no ano de 1982);
SILVA, Armando C. Ferreira da, "Paços de Ferreira   Estudos Monográficas" (1986).